Lembro desse filme como o primeiro que assisti do Almodóvar com protagonistas masculinos heterossexuais e um profundo amor fraterno entre eles. É evidente que não há filme do diretor sem desejo sexual, sem erotismo derramado nas cores, nos dramas, nas mortes, e este não foge à regra, mas nele esse erotismo me pareceu de certo modo secundário. Importante ainda, claro, e nem um pouco trivial ou convencional, bastando ver a forma como cada um dos homens se dedica às duas mulheres em coma e até o que levou um deles à prisão. Mas insisto, o amor fraterno dos protagonistas tem papel de destaque de uma forma que eu não tinha visto ainda nos filmes do diretor.
Nos anteriores que assisti os homens héteros costumavam ser personagens secundários, muitos deles de péssimo caráter, ou então sem sal, cabendo sempre às mulheres o lugar de destaque, mulheres trans inclusive. Homens interessantes em sua filmografia são em sua maioria homossexuais. Vi pouquíssimos héteros saindo bem nas lentes do diretor. Lembrei de dois agora, um Antonio Banderas novinho em Áta-me e outro também jovenzinho e ingênuo em Carne trêmula, mas nesses mesmos filmes há héteros péssimos e que terminam propositalmente mal. E cá entre nós, ainda bem que Almodóvar está aí, já que a história do cinema é basicamente de endeusamento ao homem hétero. Precisa mais não, né?
Por último, me ocorreu agora que os homens de Fale com Ela só conseguiram esse protagonismo porque as duas mulheres principais passam o filme quase inteiro em coma, caso contrário sobraria pouco brilho pra eles, tadinhos.
Maravilhoso, me levou as lágrimas. Você é única na vida e na escrita
meu ponto fraco: avós
Lembro desse filme como o primeiro que assisti do Almodóvar com protagonistas masculinos heterossexuais e um profundo amor fraterno entre eles. É evidente que não há filme do diretor sem desejo sexual, sem erotismo derramado nas cores, nos dramas, nas mortes, e este não foge à regra, mas nele esse erotismo me pareceu de certo modo secundário. Importante ainda, claro, e nem um pouco trivial ou convencional, bastando ver a forma como cada um dos homens se dedica às duas mulheres em coma e até o que levou um deles à prisão. Mas insisto, o amor fraterno dos protagonistas tem papel de destaque de uma forma que eu não tinha visto ainda nos filmes do diretor.
Nos anteriores que assisti os homens héteros costumavam ser personagens secundários, muitos deles de péssimo caráter, ou então sem sal, cabendo sempre às mulheres o lugar de destaque, mulheres trans inclusive. Homens interessantes em sua filmografia são em sua maioria homossexuais. Vi pouquíssimos héteros saindo bem nas lentes do diretor. Lembrei de dois agora, um Antonio Banderas novinho em Áta-me e outro também jovenzinho e ingênuo em Carne trêmula, mas nesses mesmos filmes há héteros péssimos e que terminam propositalmente mal. E cá entre nós, ainda bem que Almodóvar está aí, já que a história do cinema é basicamente de endeusamento ao homem hétero. Precisa mais não, né?
Por último, me ocorreu agora que os homens de Fale com Ela só conseguiram esse protagonismo porque as duas mulheres principais passam o filme quase inteiro em coma, caso contrário sobraria pouco brilho pra eles, tadinhos.